sábado, novembro 05, 2005

A responsabilidade não é solteira … nem viúva … amancebou!!!

Estamos no Outono…época da queda da parra!


Oh Eva, tem pudor, tapa as vergonhas!!!


A parra [ou a pena de muito escriba?] está bem firme mas já não tapa a vergonha de quem a não tem.

Será que os cidadãos ---- só porque alguns votam em si próprios que se auto-propuseram para ser eleitos---- ao depositarem a arma na urna estão a lavar os cestos da anterior vindima????

Isto a propósito da reciclagem de (certos) políticos.

Apresentam um ciclo de vida curioso: perdem umas eleições, abandonam o barco, tornam a candidatar-se, regressam às bancadas da Assembleia da República, “trabalham” para a (sua) reforma … sentadinhos e caladinhos… fazem mais outros/uns biscates … nada como esperar o passar do tempo e o desgaste da memória, porque o tempo continua a contar … para a reforma…. novas eleições: e o Povo cansado do pior do momento vo(l)ta ao anterior pior…

E há quem ande de burro para ultrapassar o Ferrari e há quem se balance na árvore das patacas… ele há tanta sombra entre gente!!!!…

Exemplos de responsabilidade reciclada:

1. Todos sabem quem é o mecânico do agora debatido “apoio judiciário”: as demais questões técnicas deixo-as aos práticos, assessores e conhecedores da matéria …

Usou a técnica do conto do “burro e do ferrari”: toda a gente sabe que um burro chega mais rápido a Lisboa que um Ferrari: especialmente nos casos em que é conduzido por um político candidato à Câmara…

O apoio judiciário dá despesa e ocupa os tribunais ??? “alguém” ultrapassou a questão [sem buscar solução] transferindo as despesas, o processado e a decisão para um Ministério ao lado…

Apenas uma pergunta: actualmente alguém deixa de ter possibilidade de se defender ou de sustentar os seus direitos por falta de defesa ??? Se houver, simplifiquemos, com seriedade e celeridade: os processos prosseguem e o dinheiro é discutido no fim, decidindo-se em cada processo face à situação concreta da pessoa que declarou pretender tal apoio; se face ao resultado final do processo for condenado no pagamento e demonstrar que não tem meios não paga, se tiver assume … porém, em nada fica beliscado o acesso ao direito.

2. Os juízes fazem marcações para os anos seguintes ???
O “mágico” publica uma lei impondo as marcações de julgamentos dentro de 3 meses como se tal acabasse com as filas de espera ou permitisse ultrapassagens.
Resultado: aumentou o engarrafamento processual, permitiu a quem gosta de adiamentos maiores dilações e não teve qualquer, positivo, efeito prático.

3. A torta amnistia de 1999 ainda deixa a arrastar pelos tribunais números incalculável de processos moribundos apenas porque alguém pensou que deveriam prosseguir para conhecimento dos pedidos de indemnização civil enxertados … ignorância e inconsequência; muitos deles eram contumazes, agora são “zombies”…

[semelhante golpe de mestre com a recente despenalização dos cheques inferiores a € 150,00]…


A responsabilidade não é solteira … nem viúva … amancebou!!!

A responsabilidade não está sozinha … não é solteira nem ficou órfã:
Quem olhar com a lucidez da memória vislumbra o(s) companheiro(s) da responsabilidade com quem esta ainda vive em “união de facto”….

A responsabilidade não deixou morrer o(s) seu(s) companheiro(s) … reciclou-o(s)!

A responsabilidade amancebou com o próprio pai … mas, por pudor vivem em quartos separados, embora contíguos!!!!

Durante quanto mais tempo a pena dos escribas e pensadores arregimentados vai manter a parra nos olhos das pessoas … alguns já nem votantes????

Sugestão: algum daqueles distintos (sorvedores orçamentais) e auto-proclamados grupos de estudo e planeamento poderia fazer um estudo dos atrasos nos tribunais resultantes de leis publicadas em “Diário da República” sem o mínimo de estudo; quantos processos estão nos tribunais apenas porque as “cotadas” na bolsa preferem os “cobradores da beca” aos processos executivos sem motor???


Ele há tanta parra ... que nem crescem as uvas!!!